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Revoada Cultural reúne artistas de favelas na 4ª edição do festival


O confinamento em casa durante a pandemia da covid-19, que trouxe tantos problemas para moradores de comunidades do Rio de Janeiro, também ajudou a revelar artistas enquanto as famílias precisavam ficar restritas às suas residências. O diretor da Organização da Sociedade Civil (OSC) Arte Transformadora, que organiza o Festival Revoada Cultural, Albert Alves, disse que justamente neste período surgiram cantores, atores e pessoas com outros tipos de arte, que faziam suas apresentações para os parentes. Passada a pandemia, tiveram chance de desenvolver as suas potencialidades artísticas. O festival concentra diversas formas de expressão artística e abre as portas da cultura para jovens da periferia do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense.

“A gente estava trabalhando na linha de frente na entrega de cestas básicas e frequentando as casas e pesquisando, chegou para a gente que muitos integrantes da família passaram a ser os artistas no encontro da sala. Uns passaram a tocar violão, outros a cantar, outros começaram a fazer paródias. Como instituição a gente pensou como poderia contrapor uma mensagem que não é 100%. Já estava no fim da pandemia e a gente criou o Festival Revoada Cultural para dar voz a estes artistas. Na primeira edição a gente priorizou os artistas da comunidade, na segunda já abriu para outras comunidades, por entender que a mesma realidade foi vivenciada por outras comunidades. A partir da terceira passou a ser uma data e a comunidade entendeu que já era recorrente e nos obrigou a manter essa data como sazonal”, revelou em entrevista à Agência Brasil.

Neste domingo, o Revoada Cultural, que foi criado pelo projeto Arte Transformadora, realiza a sua 4ª edição, pela segunda vez, na Arena Carioca Dicró, na Penha, zona norte do Rio. As outras duas edições foram no Conjunto de Favelas da Penha. O festival é uma oportunidade de encontro de artistas, público, famílias e produtores culturais que podem expor a força de suas expressões artísticas independentes e dos movimentos culturais da periferia. Segundo Albert Alves, nesta edição há 35 inscritos para apresentação de danças e de músicas de autorias próprias, entre outras manifestações de arte. A entrada é gratuita e o festival é aberto a todas as idades.

“Este ano a gente vai ter uma menina que vai tocar violino, coisas que não são normais no dia a dia da comunidade e a gente está muito esperançoso que isso também possa contribuir para essa evolução. Vamos ter pessoas que vão subir no palco pela primeira vez e isso tem acrescentado muito para a nossa evolução. A cada dia mais as pessoas ao acreditar na proposta do Festival Revoada Cultural, ao contrário do que alguns pensam de ser um show ou entretenimento, a gente entende como um eco da resistência de não termos morrido na pandemia e da cultura um dos setores mais afetados na pandemia, a gente pode trazer a lembrança de que resistimos tanto como seres humanos, quanto como artistas. É isso que tem nos movido até hoje”, concluiu.

O Arte Transformadora surgiu para promover a inclusão social e aumentar as oportunidades aos moradores do Conjunto de Favelas da Penha.

“Nascido da necessidade de suprir as carências de políticas públicas voltadas para essas comunidades, o projeto tem como missão transformar o dia a dia principalmente de crianças, mulheres e idosos através da arte, da educação, do esporte, da promoção da saúde e da conscientização ambiental”, indicou a organização do projeto.

O diretor contou que o festival costuma ocorrer no mês de abril, mas nessa edição ficou para o começo de maio por causa de uma questão de datas disponíveis na Arena Carioca Dicró.

“Como era uma data encostada no mês de abril, a gente conseguiu pelo menos a primeira data para se afastar muito e não perder essa identidade”, relatou.




Créditos/Informações – Agência Brasil EBC *todos os direitos reservados

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