Mais do que um dos destaques na indústria do funk carioca, a cantora Rebecca, 26, é dona de uma trajetória marcada pelas vivências de ser uma mulher preta, periférica e mãe solo. Assim, a artista busca transformar a própria vivência em resistência e inspiração, enquanto enfrenta o desafio de conciliar a rotina com a criação da filha, Morena, 7.
“Me tornar mãe foi a maior transformação que já experimentei na vida. É uma experiência linda, mas também exige muita força e adaptação. Tudo gira em torno dela. Isso me ensinou a ser mais organizada e paciente”, conta a carioca em conversa com a CNN.
Rebecca também conta que, especialmente no Brasil, a rotina de uma mãe solo representa uma trajetória marcada por invisibilidade e luta diária. Ela, no entanto, não foge dessa realidade. Pelo contrário, faz questão de dar visibilidade à maternidade real, deixando qualquer tipo de romantismo de lado.
“Eu quero mostrar que palco e cuidado não são caminhos opostos. Todas as mulheres podem, sim, ocupar todos os espaços, inclusive os que a sociedade recusa a nos ceder”, comenta.

“A maternidade solo me proporciona momentos gratificantes todos os dias. Ver a Morena crescendo, aprendendo e se tornando uma pessoa amável, inteligente e independente é a maior recompensa que posso ter”, garante.
Ao lado de Morena, a cantora constrói uma relação de parceria, amor e exemplo. “É pensando nela que tomo minhas decisões, escolho os projetos e me posiciono. Minha imagem pública é uma ferramenta de representatividade para tantas outras mulheres que enfrentam os mesmos desafios, mas que, assim como eu, não abrem mão dos próprios sonhos”, conclui.
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