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Quem é o ex-CEO da Hurb preso por furto de obras de arte no RJ


O ex-CEO da Hurb, João Ricardo Rangel Mendes, de 44 anos, foi preso na última sexta-feira (25) por furtar obras de arte de um hotel de luxo e de um escritório de arquitetura localizados na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Mendes é o fundador da plataforma de turismo Hurb (anteriormente conhecida como Hotel Urbano), criada em janeiro de 2011. Sua trajetória à frente da empresa foi marcada por controvérsias, que culminou em sua renúncia ao cargo de CEO em abril de 2023.

A saída ocorreu em meio a uma crise de imagem por reclamações de clientes sobre cancelamentos de reservas e problemas financeiros da empresa. A situação se agravou após acusações de que Mendes insultou e ameaçou expor dados pessoais de clientes insatisfeitos nas redes sociais.

Em carta de renúncia, o empresário admitiu seus erros, e afirmou que a decisão de se afastar visava separar sua imagem pessoal da empresa e mencionou a morte de sua mãe como um fator que contribuiu para seu comportamento.

“O Hurb é como se fosse um ‘filho’ para mim, mas eu preciso de um tempo para refletir, para voltar a atenção para mim, e, quando me sentir melhor, voltar a focar na construção de uma empresa de tecnologia de nível global”, diz a carta.

Mendes reconheceu e lamentou os erros cometidos, afirmando que os “acontecimentos, na verdade, foram erros do ‘João Ricardo Mendes’ e não de uma companhia inteira que é muito maior do que eu”.

Ele também expressou a necessidade de tempo para reflexão pessoal. Apesar da renúncia formal, há relatos de que Mendes continuou influenciando a gestão da Hurb, chegando a interagir diretamente com clientes para assegurar seus planos de viagem.

O pai de João Ricardo morreu durante a infância do empresário, que foi criado pela mãe junto com o irmão. Antes de fundar a Hurb, um de seus primeiros empreendimentos foi uma barraca de bebidas na praia. Ele também iniciou o curso de direito, mas não o concluiu.

Além da crise de relacionamento com os clientes, Mendes e a Hurb foram convocados a depor na CPI das Pirâmides Financeiras por acusações de utilizar o dinheiro dos clientes como capital de giro e de não cumprir contratos. Eles não compareceram à sessão inicial da CPI.

Em 17 de abril de 2025, o Ministério do Turismo cancelou o cadastro da empresa no Cadastur, impedindo-a de operar no setor. A decisão foi motivada por denúncias de descumprimento contratual e um grande volume de reclamações de consumidores nas esferas administrativa e judicial.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) também exigiu que a Hurb detalhasse sua situação financeira, incluindo o número de contratos pendentes e os valores devidos aos clientes, considerando a empresa operacional, técnica e financeiramente inviável após 12 meses de tentativas de acordo.

Em resposta, a Hurb divulgou uma nota alegando surpresa com a medida do Ministério do Turismo, classificando-a como “mais política do que técnica” e acusando a Senacon de abandonar as negociações. Atualmente, o site da Hurb encontra-se fora do ar.

O furto das obras de arte

Segundo a Polícia Civil, a investigação aponta que João Ricardo, de 44 anos, furtou as obras na última sexta-feira (25). O primeiro furto teve como alvo um hotel de alto padrão na Barra da Tijuca, e o segundo, um escritório de arquitetura situado em um shopping center do mesmo bairro.

Com as imagens da câmera de segurança, os investigadores da Polícia Civil, identificaram que o ex-CEO utilizou a mesma motocicleta para cometer ambos os furtos. Veja abaixo:

No momento da abordagem policial em sua cobertura, o ex-CEO da Hurb tentou fugir, mas foi detido no terraço do imóvel. No interior da residência, os policiais encontraram três esculturas de cerâmica e um dos quadros subtraídos do hotel, totalizando um valor estimado em R$ 23 mil. Uma pintura furtada ainda não foi recuperada.

Itens furtados • Polícia Civil RJ

Todo o material apreendido foi restituído aos seus legítimos proprietários. A Polícia Civil prossegue com as investigações para localizar a última obra de arte desaparecida. João Ricardo Rangel Mendes foi autuado em flagrante pelo crime de furto na 16ª DP (Barra da Tijuca).

A CNN tenta contato com a defesa de João Ricardo Rangel Mendes e o espaço segue aberto para manifestações.

*Sob supervisão



Fonte: CNN Brasil, todos os direitos reservados

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