Durante um encontro no Grande Palácio do Povo em Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente chinês Xi Jinping presenciaram a assinatura de três novos acordos bilaterais pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Os acordos visam o desenvolvimento da agropecuária brasileira, com foco na abertura de cinco novos mercados e no avanço das medidas sanitárias e fitossanitárias.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as aberturas de mercado incluem a exportação de carne de pato, carne de peru, miúdos de frango (coração, fígado e moela), grãos derivados da indústria do etanol de milho (DDG e DDGs) e farelo de amendoim.
“Sob a liderança do presidente Lula, o Brasil alcança uma conquista histórica com o maior número de aberturas de mercado para a China de uma única vez”, afirmou Fávaro.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua, destacou que o impacto estimado dessas aberturas é de aproximadamente US$ 20 bilhões. “Esse resultado é fruto do trabalho conjunto de muitas equipes do Mapa, do MRE e da Embaixada do Brasil na China”, disse Rua.
Com essas autorizações, o agronegócio brasileiro alcança a 62ª abertura de mercado em 2025, totalizando 362 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023.
Impacto econômico e cooperação
Em 2024, a China importou valores significativos de produtos como miúdos de frango, carne de peru, carne de pato, DDG e DDGS, e farelo de amendoim, segundo dados da aduana chinesa.
Guilherme Nolasco, presidente executivo da UNEM, destacou a importância da abertura de mercado para o setor de etanol de milho, afirmando que “é um exemplo de como, quando o setor se organiza junto com o governo, os resultados vêm de forma célere”.
Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ressaltou que a abertura das três proteínas de carne de aves pode representar mais de R$ 1 bilhão em receita cambial para o Brasil.
Além disso, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Mapa e a Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) na área de medidas sanitárias e fitossanitárias, com o objetivo de promover a comunicação e a cooperação bilateral nesse setor.
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