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Brasil registra aumento de hospitalizaçoes por influenza, diz Fiocruz


O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na quinta-feira, 8 de maio, trouxe um alerta importante sobre o aumento das hospitalizações relacionadas ao vírus da influenza no Brasil.

De acordo com o relatório, alguns estados das regiões Norte e Centro-Sul, além do Ceará, no Nordeste, têm registrado níveis de incidência moderados a altos de influenza entre jovens, adultos e idosos. O aumento de casos é particularmente preocupante nas últimas quatro semanas epidemiológicas (27 de abril a 3 de maio).

A influenza A é o segundo vírus mais presente, com 26,7% dos casos registrados, ficando atrás apenas do vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por 55,7% das infecções.

O VSR também tem contribuído para o crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) no país, especialmente entre crianças. O relatório indica que, em algumas regiões, houve aumento de casos de Srag associados ao VSR, principalmente entre crianças de até dois anos.

Apesar disso, a Srag mostrou desaceleração em crianças pequenas, especialmente na região Centro-Oeste, onde a alta de casos começou no final de fevereiro. A tendência de estabilização ou redução também foi observada em algumas áreas do Sudeste, Norte e Nordeste, embora a incidência continue elevada nessas regiões.

Apesar da baixa incidência de Sars-CoV-2 (Covid-19), a Fiocruz destacou que o vírus ainda é a principal causa de mortalidade entre os idosos nas últimas semanas, com a influenza A sendo o segundo responsável.

A fundação também alertou que 13 estados estão com níveis de alerta, risco ou alto risco de incidência de Srag, sendo eles: Amapá, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Além disso, 14 capitais estão em situação semelhante, com destaque para Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Macapá (AP), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Até o momento, em 2025, foram notificados 50.090 casos de Srag no Brasil. Desses, 22.235 (44,4%) testaram positivo para algum vírus respiratório, enquanto 20.144 (40,2%) foram negativos e 4.537 (9,1%) aguardam resultados.

A análise dos casos positivos revela que 13% foram causados pela influenza A, 1,5% pela influenza B, 40,4% pelo VSR, 27,2% pelo rinovírus e 18,6% pelo Sars-CoV-2.

A Fiocruz alerta que, apesar da prevalência de influenza A (26,7%) nas últimas semanas, o VSR continua a dominar, com 55,7% dos casos. Em relação aos óbitos, a presença de influenza A foi observada em 56,1% dos casos fatais, seguida pelo Sars-CoV-2 (18%).

A pesquisadora Tatiana Portella, do programa de computação científica da Fiocruz e do InfoGripe, recomenda medidas de precaução, como o uso de máscaras em locais fechados e aglomerados, além do isolamento em caso de sintomas. A Fiocruz também reforça a importância da vacinação, especialmente para os grupos elegíveis que ainda não se vacinaram contra a influenza A.

A recomendação é clara: vacinação é essencial, e o alerta deve ser seguido por todos, em especial nos estados e capitais com níveis mais elevados de incidência.



Com informações do Agência Sertão

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